Docentes da Faculdade de Jussara participam do 1º Seminário do Centro-Oeste de Energias Renováveis

Docentes da Faculdade de Jussara participam do 1º Seminário do Centro-Oeste de Energias Renováveis

 Nos últimos dias 26 e 27 de setembro, os professores Celso, Clayton e Leandra participaram de uma discussão sobre Energias Renováveis.  O 1º Seminário do Centro-Oeste de Energias Renováveis aconteceu em Goiânia.  Abaixo segue um resumo do que foi abordado no evento.

Centro-Oeste pode ser o maior celeiro de energias renováveis do País

A região Centro-Oeste do Brasil tem todas as condições para se tornar o maior celeiro nacional na produção de energias renováveis, especialmente pelas condições climáticas favoráveis à obtenção de biomassa destinada à fabricação de biocombustíveis, além do vasto potencial hídrico, solar e eólico (utilização de ventos). Essa é a opinião manifestada por praticamente todos os especialistas que proferiram palestras nesta quarta-feira (26/09), durante o 1º Seminário do Centro-Oeste de Energias Renováveis, promovido pela Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento, no Oliveira’s Place, em Goiânia.

O consumo de energia segue em ritmo acelerado na maioria dos países do mundo e a substituição de parte dos combustíveis fósseis (derivados de petróleo) é uma prioridade atualmente, principalmente nos países desenvolvidos. Neste contexto, as energias renováveis, como etanol, o biodiesel e as demais formas de aproveitamento energético, ganham força. O Centro-Oeste, pela vasta extensão territorial, solos mecanizáveis e clima favorável, surge como a região mais propícia à expansão da produção de energias renováveis, de forma equilibrada e sustentável.

Participação

Pela abrangência e importância dos temas propostos para discussões, o 1º Seminário do Centro-Oeste de Energias Renováveis atraiu grande número de pessoas. A abertura, realizada no período da manhã com a presença do governador Alcides Rodrigues, do ex-ministro do Planejamento e da Agricultura, Delfim Netto, autoridades do governo federal e do governo estadual, reuniu mais de 1,2 mil pessoas e as palestras foram acompanhadas ao longo do dia por mais de 850 participantes.

O secretário do Planejamento e Desenvolvimento, José Carlos Siqueira, destacou a importância do seminário, argumentando tratar-se de uma oportunidade ímpar para discutir e propor uma política consistente e duradoura para a produção e comercialização de energias renováveis, com o envolvimento de todos os Estados do Centro-Oeste, cuja região pode se tornar líder nacional na produção de energias renováveis.

O governador Alcides Rodrigues enalteceu a realização do evento, sustentando que a questão energética está na pauta de discussão de todos os países do mundo e Goiás, o Centro-Oeste e o Brasil precisam estar conscientes sobre a importância do momento econômico proporcionado pelo crescimento da demanda e consumo de bioenergias, e ser capaz de conciliar produção energética com preservação ambiental. “Desse modo, o 1º Seminário do Centro-Oeste de Energias Renováveis reveste-se de grande importância e cria as condições para ampliar o debate em torno dessas questões”, afirmou Alcides Rodrigues.

Alimentos

O economista Antônio Delfim Netto, ex-ministro do Planejamento e da Agricultura, disse em sua palestra que, mesmo com o rápido crescimento da produção de cana para fabricação de álcool carburante, não há o menor risco de faltar alimento para a população, principalmente porque o crescimento da produção de etanol se faz pelo aumento da produtividade das lavouras, além do que o próprio mercado se auto-regula. Os produtores rurais estão atentos às culturas que mais oferecem rentabilidade. Ao perceberem que a oferta de grãos é menor, com conseqüente elevação dos preços, voltam-se para essas culturas, equilibrando novamente a oferta.

O ex-ministro também disse que o governo deve manter-se fora das questões relacionadas aos biocombustíveis, pois o próprio mercado se encarrega de encontrar os melhores caminhos, compatibilizando oferta e procura. Delfim Netto traçou um cenário otimista para o mercado de biocombustíveis nos próximos anos, mas alertou que, no caso do álcool, o consumo será muito maior no mercado interno que nas exportações. A expectativa é que até o ano de 2014, a produção brasileira de etanol deverá estar próxima de 47 bilhões de litros. Contudo, desse total, apenas entre 5 bilhões e 6 bilhões de litros serão exportados. Todo o restante será consumido internamente.

Governo parceiro

Outro conferencista, Ângelo Bressan Filho, diretor do Departamento de Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, contradisse o ministro Delfim Netto, observando que a participação do governo no processo é importante, não do ponto de vista dos investimentos e do mercado, mas por meio de um governo parceiro da iniciativa privada, que seja capaz de formatar programas e estabelecer regras para um amplo programa sustentável de produção de bioenergia.

Ângelo Bressan também apresentou números sobre o mercado de álcool no Brasil, além das perspectivas de produção de biodiesel. Ele observou também que o País está diante de um negócio gigantesco, tanto pelo aumento do consumo interno de biocombustíveis, quanto pelas oportunidades que se abrem no mercado externo. O Japão, por exemplo, já regulamentou, mas ainda não iniciou o programa de adição de álcool à gasolina, que é da ordem de apenas 3%. Isso significa um mercado potencial de 3 bilhões de litros anuais, que terão de ser importados, porque o País não tem como produzir o combustível. Além disso, há perspectivas de exportação para alguns países da Europa, China e para os Estados Unidos (o maior comprador atualmente), apesar da taxa de importação imposta ao produto brasileiro.

Outro painel realizado foi sobre as Potencialidades e Energias Renováveis no Brasil, com análise das perspectivas eólica, solar e produção de eletricidade por pequenas centrais hidrelétricas. Também neste aspecto o Centro-Oeste foi qualificado pelos palestrantes Ivonice Alves Campos, Augusto Fleury, Ary Vaz Pinto Júnior, Fábio Sales Dias e Sevan Naves como uma região de grande potencial, pela disponibilidade de mananciais hídricos, luz solar e ventos qualificados como de alta qualidade para a produção de energia eólica.

 Profs. Leandra, Clayton e Celso    Economista Delfim Neto  
     
     

logo
Rodovia BR-070, Km 24, Jussara - GO
CEP:76.270-000
unifaj@unifaj.edu.br
(62) 3373-1219
WhatsApp (62) 3373-1219
WhatsApp Tesouraria (62) 3373-1741
© 2025 Faculdade de Jussara - FAJ - Todos os direitos reservados.

logo interagi